domingo, 25 de agosto de 2024

NOTA PÚBLICA 344/2024/IAB-DN

 



Fortaleza, Ceará, Brasil, 24 de agosto de 2024 

SOBRE AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DE ARQUITETURA E URBANISMO

Em dezembro de 2023, foi aprovada por unanimidade no Conselho Nacional de Educação- CNE a proposta de alteração das Diretrizes Curriculares Nacionais-DCNs para os cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Essa proposta havia sido protocolada no Ministério da Educação- MEC pela Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura- ABEA e apresentada à comissão do CNE em 2022, acompanhada de um parecer subscrito por todas as entidades nacionais de arquitetos e urbanistas (ABEA, Instituto de Arquitetos do Brasil- IAB, Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas- ABAP, Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura AsBEA e Federação Nacional de Arquitetos- FNA), pela FeNEA, Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, e por representantes das comissões de ensino e formação (CEF) e exercício profissional (CEP) e pela Presidência do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/BR.


O parecer, ao refletir a posição convergente das entidades e do CAU/BR construída ao longo de 11 (onze) anos, garante a essa proposta das DCNs legitimidade e substância, tendo sido incorporado ao parecer emitido pelo CNE. Estão ali expressos, com clareza, os motivos pelos quais o projeto de resolução publicado pelo CNE, em dezembro de 2023, é aquele que preenche os requisitos de uma formação em Arquitetura e Urbanismo capaz de atender às demandas e urgências da população brasileira na constituição de seus espaços públicos, coletivos e privados.

No entanto, sem consulta às entidades e ao Conselho, o CNE aprovou, em 2 de agosto de 2024, um texto substitutivo daquele amplamente discutido, com alterações que não contemplam aspectos relevantes ali presentes. Embora ainda não tenhamos em mãos o novo texto aprovado pelo CNE em 2024 (o que hoje impossibilita qualquer apoio à homologação pelo Ministério), alguns pontos divulgados pela ABEA após a reunião do CNE merecem ser objeto de preocupação por parte da categoria como um todo: a inclusão do Ensino à Distância dentro dos componentes curriculares das 3.600h mínimas e a alteração da proporcionalidade para 1 (um) professor para cada 25 (vinte e cinco) alunos ao invés de 1 (um) professor para cada 15 (quinze) alunos nos Ateliês de Projetos (o que tem sido uma conquista pedagógica histórica), e de 1 (um) professor para 65 (sessenta e cinco ) alunos ao invés de 1 (um) para 45 (quarenta e cinco) nas disciplinas teóricas, o que inviabiliza a proposta de aulas ativas que norteia toda a proposta original das DCNs, compromete a qualidade do ensino, podendo provocar desemprego no magistério.

O Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB reafirma seu compromisso de trabalhar juntamente com as demais entidades, com o CAU/BR e com o MEC, no sentido de criar o ambiente propício para dar segurança e celeridade para a homologação da nova DCN no seu texto original, aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em 06 de dezembro de 2023, que nos garantirá a presencialidade na formação das novas gerações de profissionais, entre outras conquistas, e a desejada e construída qualidade de ensino.


Pela qualidade do ensino de Arquitetura e Urbanismo, o IAB pleiteia a homologação das Diretrizes Curriculares Nacionais tais como aprovadas pelo CNE, em dezembro de 2023, sem as alterações recentemente aprovadas pelo CNE, em agosto de 2024.


Fortaleza, Ceará, Brasil, 24 de agosto de 2024

                        

                                          


Izabela Moreira Lima

                                                       Presidente Nacional em exercício do IAB

 

 

 

Antônio Custódio dos Santos Neto

Secretário Geral em exercício do IAB


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Patrimônios Históricos em Mato Grosso do Sul

 

Dia 17 de agosto é comemorado o Dia do Patrimônio Histórico. O termo remete a tudo o que é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história de alguma localidade, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico. Campo Grande possui 15 imóveis tombados e conta com 2 bens imateriais.

tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

O município de Campo Grande possui 15 imóveis tombados. 

  1. Obelisco – 1975
  2. Museu José Antônio Pereira – 1983
  3. Morada dos Baís – 1986
  4. Conjunto dos Ferroviários – 1996
  5. Colégio Oswaldo Cruz – 1997
  6. Escola Municipal Isauro Bento Nogueira – Sítio Histórico de Anhanduí – 2003
  7. Loja Simbólica Maçônica Estrela do Sul N. 3 – 2004
  8. Igreja de São Benedito – 1996
  9. Monumento Simbólico da UFMS – 2006
  10. Loja Maçônica “Oriente Maracaju” – 2007
  11. Árvore da Rua da Paz quase esquina com a Rua Rio Grande do Sul – 2009
  12. Árvore da espécie Fícus Microcarpa e os canteiros centrais da avenida Mato Grosso entre a Pedro Celestino e a Calógeras – 2011
  13. Imóvel sede do Rádio Clube – 2012
  14. Conjunto Arquitetônico do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – 2019
  15. Canteiro central e as árvores octogenárias da Avenida Afonso Pena – 2019

Também há os bens imateriais, que são tradições que fazem parte da cultura de um povo. Nesse caso, Campo Grande tem 2 bens tombados:

  • Prato típico Sobá – 2006
  • Feira Central de Campo Grande – 2017

Pelo Estado de Mato Grosso do Sul …

 Há tombamentos nas diversas esferas de poder. Então, também há os tombamentos realizados pelo Estado, que pode ocorrer tanto na Capital como no interior. Confira abaixo:

Bens materiais tombados

  • Casa do Artesão – Campo Grande
  • Quartel General da 9ª RM – Campo Grande Decreto nº 1.526, de 26 de julho de1994 
  • Complexo ferroviário da rede noroeste do Brasil e sítios históricos (de Três Lagoas a Corumbá)
  • Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado
  • Acervo de Artes plásticas “Lýdia Baís”
  • Igreja Nossa Senhora do Carmo – Miranda
  • Igreja São Benedito “Tia Eva” – Campo Grande
  • 4º Batalhão da Polícia Militar – Ponta Porã
  • Instituto Luiz de Albuquerque – Corumbá
  • Catedral Nossa Senhora da Candelária – Corumbá
  • Loja Maçônica Oriente Maracaju – Campo Grande
  • Usina Açucareira Santo Antônio

Bens imateriais

  • Cerâmica Terena
  • Banho de São João de Corumbá
  • Tereré de Ponta Porã
  • Modo de fazer viola de cocho
  • Chamamé

 

  • Ofício dos mestres da capoeira e roda de capoeira

 

"Patrimônio arquitetônico: conhecer para preservar"

                                                   CAFÉ & ARQUITETURA&URBANISMO Arquiteta e urbanista Juliana Junqueira  Doutora em ...