ARQUITETAS MULHERES QUE CONTRIBUIRAM COM SEUS TRABALHOS E PRODUÇÕES

 


  Mirthes dos Santos Pinto 

No constante vai e vem de quem passa pela cidade de São Paulo, é possível que você já tenha percebido o típico grafismo que se repete em diversas calçadas. A clássica padronagem por trás dos módulos que conformam graficamente o mapa do estado de São Paulo foi criado em 1966 pela arquiteta e artista Mirthes dos Santos Pinto. Tudo começou quando o antigo prefeito, João Vicente Faria Lima, lançou na década de 1960 um concurso para o desenho do novo calçamento da cidade. Mirthes, que na época trabalhava como desenhista da Secretaria de Obras da Prefeitura de São Paulo, criou um mapa estilizado do Estado de São Paulo, a partir de módulos quadrados em peças geométricas brancas e pretas, que se alternavam, ora em cor sólida, ora pintada com a variação pela diagonal da peça, criando um padrão.

Referências Bibliográficas:
FOLHA. Criadora do 'piso paulista' diz que nunca recebeu 1 centavo pelo desenho. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=BLGKXZUrfnQ>. Acesso em: 14 set 2018.



Carmen Velasco Portinho 

(Corumbá, 26 de janeiro de 1903 — Rio de Janeiro, 25 de julho de 2001) foi uma engenheira, urbanista e feminista brasileira. Em 1919, lutou junto de Bertha Lutz e outras mulheres pelo direito ao voto. Foi vice-presidente da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e uma das cofundadoras. Terceira mulher a se graduar em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade do Brasil, foi a primeira mulher a ganhar o título de urbanista

Nascida em Corumbá, em 1903, primogênita de nove irmãos, era filha de Francisco Sertório Portinho, gaúcho, e de Maria Velasco, boliviana. Mudou-se ainda bastante jovem, em 1911, para o Rio de Janeiro, capital federal na época, onde logo envolveu-se aos movimentos feministas, junto de Bertha Lutz, pelo direito das mulheres ao voto. Nas campanhas das décadas de 1920 e 1930 por mais cidadania para as mulheres, lutou incansavelmente pela igualdade entre homens e mulheres. Era ativista pela educação de mulheres e pela valorização do trabalho feminino fora da esfera doméstica. Graduou-se em 1925 na Escola Politécnica da antiga Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 1926, assim que se formou, foi nomeada engenheira-auxiliar pelo então prefeito do Distrito Federal Alaor Prata e assim Carmem ingressou no quadro de engenheiros da Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura da Capital Federal. Foi professora do Colégio Pedro II, o que foi um escândalo para a época, já que este era um internato masculino. O ministro da justiça tentou interferir em sua nomeação para o colégio, mas Carmem permaneceu lecionando por mais três anos antes de se demitir da cátedra. Devido ao machismo dentro da Diretoria de Viação e Obras da prefeitura da parte de colegas que questionavam sua competência e conhecimento, Carmem foi desafiada diversas vezes no trabalho. Sua primeira tarefa na diretoria foi a de vistoriar um para-raios instalado no alto do antigo edifício da prefeitura, o que seus colegas acreditavam que ela não superaria. Carmem, no entanto, cumpriu a tarefa porque tinha treinamento em alpinismo, tendo escalado todos os morros da cidade do Rio de Janeiro quando ainda era estudante.

Carmem enfrentou outras dificuldades na carreira por ser mulher. As promoções dentro do departamento eram indicadas e não eram por merecimento. Na época, o presidente Washington Luiz fazia uma audiência pública para ouvir queixas e pedidos de funcionários e cidadãos e Carmem decidiu ir diretamente a ele para se apresentar. Carmem conseguiu sua promoção e ainda naquela década concluiu o primeiro curso de urbanismo do país. Conseguiu uma bolsa do Conselho Britânico para estagiar em comissões de reconstrução e remodelação das cidades inglesas destruídas pela guerra para complementar seus estudos em urbanismo. Sua experiência no exterior a fez sugerir ao então prefeito do Rio de Janeiro a criação de um Departamento de Habitação Popular para sanar a falta de moradas populares, conceito introduzido por Carmen.

Na década de 1950, Carmen, então diretora do Departamento de Habitação Popular, propôs a construção do conjunto residencial ‘Pedregulho’, no bairro de São Cristóvão, cujo projeto arquitetônico ficou sob a responsabilidade de seu marido, Afonso Eduardo Reidy. A idealização e construção dos conjuntos habitacionais deu-lhe projeção nacional e internacional, tornando-a uma engenheira de renome. No entanto, com a ascensão do jornalista Carlos Lacerda ao governo da Guanabara em 1962, Carmen pediu sua aposentadoria devido a divergências políticas irreconciliáveis com Lacerda.

Mesmo fora da esfera pública, Carmen continuou trabalhando, porém pela iniciativa privada. Assumiu a construção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e em 1963 tornou-se diretora da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), a convite do governador da Guanabara, Francisco Negrão de Lima. A ESDI, experiência pioneira no país e primeira escola de desenho industrial da América Latina, havia sido criada em 1962 pelo então governador Carlos Lacerda. Mesmo no exterior, existiam poucas escolas de renome. Carmen dirigiu a ESDI por 20 anos.

Em 1987, Carmen foi homenageada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) por sua luta pelos direitos das mulheres. Ela e outras mulheres entregaram ao então presidente da Câmara dos Deputados, Ulisses Guimarães, a Carta das Mulheres aos Constituintes, que fazia várias reivindicações para as mulheres para a nova Constituição.

Referência:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Carmen_Portinho





Lina Bo Bardi (1914-1992) 

Nascida na Itália, Lina se mudou para o Brasil em 1946 e é considerada uma das arquitetas mais importantes da história do país. Dentre seus projetos notáveis está o Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos ícones da arquitetura moderna brasileira, que é suspenso por pilares de concreto, dando a impressão de flutuar no ar. Localizado no coração de São Paulo, na Avenida Paulista, hoje, o MASP é um museu privado sem fins lucrativos e foi o primeiro museu moderno no país. Além de seu trabalho em arquitetura, Bardi também atuou em outras áreas do design, incluindo móveis e cenografia. Ao longo dos anos, Lina conquistou seu lugar e se tornou uma das principais mulheres na arquitetura, deixando não apenas seus projetos geniais, mas também um legado que continua a influenciar a arquitetura brasileira e internacional.

https://www.mobly.com.br/blog/inspiracoes/mulheres-na-arquitetura/

2. Marion Mahony Griffin (14 de fevereiro de 1871 – 10 de agosto de 1961) 

Primeira funcionária de Frank Lloyd Wright, Marion Mahony Griffin foi uma das primeiras arquitetas licenciadas do mundo. Ela estudou arquitetura no MIT e se graduou em 1894. Um ano depois, Mahony Grif... 

Durante seu tempo com o arquiteto, Mahony Griffin projetou vidros com chumbo, móveis, luminárias, murais e mosaicos para muitas de suas casas. Ela era conhecida por sua inteligência, risada alta e rec... 

Quando Wright se mudou para a Europa em 1909, ele se ofereceu para deixar suas encomendas de estúdio para Mahony Griffin. Ela recusou, mas mais tarde foi contratada pelo sucessor do arquiteto e recebe... 

Leia mais em: https://casa.abril.com.br/arquitetura/8-mulheres-arquitetas-historia

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